segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CR Flamengo, análise atual

Desde o começo do ano, o Flamengo vinha com pinta de que seria um grande favorito nos campeonatos que disputava. Grandes contratações, elenco forte e recheado. Depois de algum tempo, a realidade não mudou muito, mas o jeito como está acontecendo sim.

É difícil falar no time de hoje do Flamengo e não falar do Ronaldinho Gaúcho, ou do Thiago Neves, grandes estrelas dessa equipe. Destaco também o goleiro Felipe, que com belas defesas ele salva em vários momentos a equipe Rubro-Negra. Destaques, mas também decepções, como toda equipe, não é tudo um mar de flores na equipe, a defesa é muito frágil e bobeia demais, muitas falhas ridículas que diminuem o nível da equipe. Além de não ter uma referência lá na frente, aquele cara que fica ali na área para matar a jogada e decidir os jogos. Quem está lá? Deivid, que como atacante, ele é um ótimo zagueiro, perdendo gols feitos de dentro da pequena área.

Na verdade, não se trata da zaga ou do ataque, se trata da equipe. O Flamengo não é completo, falta muito nessa equipe. Claramente o que carrega esse time são seus destaques, como já citei, Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e Felipe. Não fosse Felipe, a defesa do Flamengo seria uma das mais vazadas desse campeonato, digo isso sem nenhuma dúvida, e, tirando as jogadas espetaculares do Ronaldinho, é um time sem criação, lento, sem vontade de jogar.

Apesar de estar lá em cima, com uma campanha muito consistente, o Flamengo não é o monstro que parece ser. Falha muito lá atrás e se escora no ombro do eleito melhor jogador da década passada.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fluminense, o inesperado

O que lembramos da história recente do Tricolor? Lembramos da histórica chegada à final da Libertadores, eliminando São Paulo e Boca Júniors. Lembramos também da heróica campanha que livrou a equipe do rebaixamento em 2009, quando o clube tinha 99% de chance de cair. E dos jogadores, o que marcou? Ah, difícil não notar as decepções e revelações. Esse é o ponto principal do Flu, é 8 ou 80.

Todos ficam de boca aberta com o Fluzão, seja admirado ou decepcionado. Realmente, é incrivel como a equipe é irregular. O próprio Darío Conca, hoje ídolo do clube, chegou como reserva do Thiago Neves, foi uma das revelações na Libertadores e Brasileirão 2008 e se eternizou. Quando todos esperavam que ele já estava consagrado e ficaria no Flu por mais anos e anos, sua saída é anunciada e ele vai para a China, disse que vai voltar, mas já foi.

Outros exemplos que confirmam a teoria:
  • Deco: Melhor do mundo em 2006, estrela do futebol mundial, chegou para ser, se não o principal, um dos principais Meio-campistas da equipe. Resultado: Não consegue sequer encaixar uma sequência de jogos, tem muitas lesões e mesmo assim, quando consegue jogar, não apresenta um bom futebol.
  • Fred: Teve boas atuações, foi decisivo, salvou o Flu em várias ocasiões, mas mesmo assim, se machuca demais e todos esperavam mais dele.
  • Júlio César: Vindo do Goiás, foi eleito o melhor Lateral Esquerdo do Campeonato Brasileiro de 2009, não vingou no Fluminense e perdeu a vaga para o Carlinhos, que ocupa a posição até hoje.
  • Souza: Alagoano como eu, jogava muito no Grêmio, era uma das principais armas no ataque do Tricolor Gaúcho. Quando veio para o Fluminense, não só seu futebol saiu de rendimento como também o do Grêmio caiu muito.
  • Rafael Sóbis: Não sei como era a fase dele no Internacional, mas é um grande jogador e não consegue jogar bem no Tricolor.
  • Ciro: Eu sinceramente não o conhecia jogando, sabia que ele tinha uma história linda no Sport e a diretoria fez o maior festa para sua chegada ao Flu, só jogou bem uma partida até hoje.
  • Abel Braga: O tão aguardado Abelão realmente resolveu muitos problemas internos, seu nome trouxe moral ao comando da equipe e até agora não vi problemas internos no clube (tirando os pessoais de cada atleta), porém, não consegue encaixar a equipe carioca e embalar.
  • Martinuccio: O argentino foi a grande revelação do Peñarol na disputa da Libertadores 2011, ouvi até dizerem que ele carregou a equipe até a final contra o Santos, mas não jogou bem no Flu até hoje.
  • Lanzini: Assim como Martinuccio, é argentino e chegou recentemente. Tem 19 anos, para mim era uma boa aposta para o futuro, mas o garoto já demonstrou que tem futebol para jogar na equipe titular e se destacar, além disso é novo, e pode evoluir ainda mais seu potencial.
É triste ver um clube com tantos altos e baixos, principalmente um clube grande como o Fluminense, que com o elenco que tem hoje, na minha opinião, é um elenco de brigar pelo título brasileiro. Mas não. Está no meio da tabela, dificilmente vence dois jogos seguidos e vacila demais, é agora que Abel Braga tem que mostrar sua cara e pôr ordem na casa, para reverter essa situação.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tática supera a Técnica, e o futebol muda de cara

Depois de um longo período sem novidades, volto a movimentar o blog com um assunto que não é comentado em jornais esportivos, pelo menos não acompanhei nenhum programa em que tivesse esse assunto como principal.

Hoje o futebol é um esporte diferente. Claro, as regras são as mesmas, o que mudou foi a forma como os jogadores se comportam dentro de campo. Olhamos para trás e vemos grandes gênios da bola, jogadores que se destacavam em campo e faziam jogadas encantadoras, marcando seu lugar na história. Hoje esses jogadores estão em falta, na verdade, não é que eles não existam, eles estão por aí, em todos os lugares existem jogadores desse nível, até mesmo nos rachões de final de semana. Mas atualmente o talento individual de cada jogador perdeu um pouco o espaço para a tática, que vem sendo a principal arma das equipes.

O ponto é que um jogador talentoso tem como sua principal característica, carregar a bola, driblar, passar ou finalizar, e é mais difícil fazer jogadas assim quando se tem um sistema de marcação forte, que pressiona muito e não deixa o adversário jogar. Um exemplo que prova perfeitamente essa teoria é o Campeonato Brasileiro, que apresenta uma estranha semelhança entre a classificação geral e a classificação em números de desarmes. O que todos têm em mente é que essa semelhança deveria ocorrer entre a classificação geral e a classificação em números de chutes a gol, pois quem ataca mais, quem finaliza mais, marcaria mais gols e venceria mais jogos, isso não acontece, pelo menos não nesse ano. Tais dados mostram hoje a gigante importância da organização tática do esquema defensivo. “O melhor ataque é uma boa defesa”? Acho que sim.

Hoje mais prevalece uma equipe consistente e equilibrada, do que uma equipe cheia de estrelas e talentos individuais, claro, terá seus momentos de glória, mas a tática e o conjunto ultrapassaram a técnica e o estrelismo em nível de importância.